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A Fuga de Sharpe – Bernard Cornwell

Atenção! Esta resenha é do décimo livro da série “As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas”* e pode conter spoiler da trama dos livros anteriores. Leia a opinião da Núbia dos primeiros livros da série: O Tigre de Sharpe (1°), O Triunfo de Sharpe (2º) e A Fortaleza de Sharpe (3º), e as minhas resenhas do livro anterior: O Ouro de Sharpe (9º).

*Eu comecei a ler essa série quando ainda se chamava “As Aventuras de Sharpe” e acho esse nome muito mais bonito, além de ser mas rápido de escrever. E ainda não me conformei com a alteração, mas tudo bem.

A Fuga de Sharpe

As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas. Dificilmente o nome da série poderia defini-la tão bem. Claro que alguns dos livros não são exatamente sobre as Guerras Napoleônicas, mas a época ainda é a mesma, e a narrativa da série começou depois da Revolução Francesa.

Em setembro de 1810, as tropas de Arthur Wellesley estavam em Portugal, empenhadas em impedir o avanço do exército de Napoleão Bonaparte pela Europa continental. Naturalmente, é lá que encontramos Richard Sharpe.

Uma das estratégias do Duque de Wellington para acabar com o avanço francês era manter o exército inimigo com fome. Assim, sempre que o exército britânico avançava, toda a comida que pudesse ficar para trás deveria ser destruída. Um pouco de economia básica nos diz que se algo não está disponível no mercado, mas a demanda continua alta, o preço sobe. E quando o produto é algo tão necessário quanto comida, não é de se admirar que o preço tenha subido o suficiente para alguns homens mais gananciosos arriscarem traição para enriquecer.

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Azincourt (Bernard Cornwell)

“Os arqueiros eram os heróis de Hook. A Inglaterra, para Hook, não era protegida por homens vestindo armaduras brilhantes, montados em cavalos ajaezados, e sim por arqueiros”. 

A figura do arqueiro sempre foi mítica para os ingleses, durante todo o período medieval e antes do advento das armas de fogo, os arqueiros eram amplamente utilizados nas batalhas e chegavam a compor mais da metade do exército inglês. Ter um arqueiro em um exército no século XIV era praticamente uma exclusividade inglesa, já que para ser um bom atirador eram precisos anos de prática e em nenhum outro país o arco longo era tão difundido. Essa característica do exército inglês fez da Inglaterra nos séculos XIV e XV uma potência na Europa e tornou-se uma das unidades bélicas mais temidas, e com razão, os arqueiros eram capazes de fazer a guerra pender para os ingleses mesmo quando as condições numéricas eram desfavoráveis.

Emprestando novamente a figura do arqueiro, que já foi explorada na série A Busca do Graal, Cornwell faz uma releitura de uma das batalhas mais famosas da Guerra dos Cem Anos entre a Inglaterra e a França. A batalha de Azincourt, travada em 1415, em solo francês no dia de São Crispim. Azincourt ficou famosa, não pelos ganhos políticos ingleses (que foram bem ínfimos), mas sim pela disparidade numérica entre ingleses e franceses. Algumas fontes chegam a falar de 6 mil para 30 mil respectivamente. São os eventos que culminaram nessa batalha que nos são narrados em Azincourt, só que diferente de Shakespeare que também revisitou esse dia em sua obra Henrique V, Cornwell traz como protagonista um simples arqueiro, um tanto esquentado, com uma rixa familiar e com uma mira de dar inveja. Continuar lendo

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O Ouro de Sharpe – Bernard Cornwell

Atenção. Este post trata no nono livro da série As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas (ou, as Aventuras de Sharpe). Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo dos livros anteriores.

Em 1810, o exército britânico, apesar de ser o mais bem treinado da Europa, está sendo rechaçado do continente devido às constantes ameaças causadas pelo exército francês, mais numeroso. Após a batalha de Talavera e a falha em ajudar os aliados espanhóis durante um cerco, o duque de Wellington está perdendo seu apoio, bastante importante na campanha. A falta de fundos para financiar o exército também está pesando na balança e, tudo que o general quer é poder comprar tempo. Continuar lendo

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Terra em Chamas – Bernard Cornwell

O quinto volume das Crônicas Saxônicas foi lançado em maio deste ano. Sim, demorei pra ler e resenhar, mas fazer o quê? Esqueci meu exemplar na casa dos meus pais mais de uma vez, e só consegui ler quando coloquei ele na bolsa e levava pra todo canto… Continuar lendo

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