A Fúria de Sharpe – Bernard Cornwell

Atenção! Esta resenha é sobre o 11° livro da série “As Aventuras de um Soldado nas Guerras Napoleônicas”, e pode conter spoilers sobre os acontecimentos dos livros anteriores. Para ler as resenhas de alguns dos demais livros da série, clique aqui: O Tigre de Sharpe (1°); O Trinfo de Sharpe (2°); A Fortaleza de Sharpe (3°) – Núbia; O Ouro de Sharpe (9°); A Fuga de Sharpe (10°) – Mari.

Traição, suborno, assassinato. É assim que começa A Fúria de Sharpe. Em uma Espanha dividida pelas tropas britânicas e francesas, as diferentes facções políticas espanholas têm opiniões diferentes sobre qual exército devem apoiar: aqueles que preferem a monarquia acham que devem colaborar com os franceses na esperança de Napoleão lhes devolver seu rei, enquanto que quem se inspirou pelo discurso da Revolução Francesa, e acha que o povo deve governar ao povo, sem os desejos de um rei absolutista, ajudam os ingleses. Teoricamente, no entanto, os espanhóis são aliados dos ingleses, embora alguns dos líderes de seu exército sejam a favor dos franceses. Nesse cenário conturbado, Richard Sharpe e seus fuzileiros foram encarregados de destruir uma ponte que liga Portugal à Espanha, e encontram resistência proveniente do batalhão comandado por um coronel francês chamado Vandal.

Uma explosão, uma fuga rio abaixo em um barco desgovernado, um major com uma perna quebrada e um tiro no crânio levam Sharpe, o major Moon e seus homens a Cádis, base britânica na Espanha. Lá, Sharpe é convidado à embaixada britânica para conhecer o novo embaixador, Harry Wellesley, que precisa de um favor enorme dele. Acontece que algumas cartas de amor que o embaixador escreveu a sua amante foram vendidas para os espanhóis que querem ver o fim da aliança anglo-espanhola. E a missão de Sharpe é garantir que as negociações pelas cartas ocorram sem violência, já que o último mensageiro britânico foi assassinado.

O décimo primeiro livro da série narra apenas uma batalha, bem no fim do livro, mas é uma batalha construída ao longo de todo o livro. O autor descreve até mesmo a política por trás dos motivos da batalha, e deixa o leitor pensando se ele não tem uma máquina do tempo, para ser capaz de narrar com tantos detalhes. No fim do livro, na nota histórica, Bernard Cornwell assume que não era para Sharpe estar lá, e que se não tivesse ido a um casamento na região, não teria tido interesse em descrever a batalha.

Eu acompanho a série de Sharpe desde 2004, quando ainda era “As Aventuras de Sharpe”. De todos os heróis de Cornwell, o Richard Sharpe é o meu favorito de longe, porque ele é o mais possível. Eu já devo ter dito isso milhares de vezes, mas não tem como cansar, porque é verdade! Ele é leal a seu país e a seus superiores, mesmo se os odiar, luta por seus homens e é um bom soldado. Não tem como o leitor não gostar dele, especialmente se acompanhou a trajetória nos livros anteriores.

– Perdoe se eu estou errado e acredite quando garanto que não tento ofender, mas lorde Pumphrey disse que você já foi um ladrão. É verdade?
– Fui, senhor – admitiu Sharpe
– O que mais?
Sharpe hesitou, então decidiu que o embaixador fora honesto com ele, por isso devolveria a gentileza.
– Ladrão, assassino, soldado, sargento, fuzileiro – disse a lista em um tom vazio, mas Henry Wellesley detectou orgulho nas palavras.
(…)
– Ladrão, assassino e incendiário – anunciou Sharpe com orgulho.

Agora ficamos esperando ansiosamente o lançamento do 12° livro da série, Sharpe’s Battle (A Batalha de Sharpe).

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