Arquivo da tag: mitologia

Aru Shah e o Fim dos Tempos (Roshani Chokshi)

A Saga Pândava, escrita por Roshani Chokshi, e que será uma tetralogia, marca a estreia do Selo Rick Riordan Apresenta. Se enquanto você lia as aventuras de Percy Jackson e os outros semideuses gregos e romanos, ou ainda dos irmãos Kane ou Magnus Chase, você desejou que Riordan fosse além e nos apresentasse outras mitologias, eis aqui a resposta. Em seu novo projeto com a editora Disney/Hyperion ele se torna curador de novos autores provindo de diversas culturas e que poderão nos mostrar um pouco mais de sua ancestralidade em suas histórias.

Coube a Chokshi trazer toda a riqueza da mitologia hindu em uma história protagonizada por duas garotas de cerca de 12 anos: Aru e Mini. A mãe de Aru Shah trabalha no Museu Arqueológico de Arte e Cultura Indiana e Aru praticamente cresceu entre as peças expostas ali e sempre foi avisada para não tocar na lâmpada (a Diya de Bharata) que fica na Galeria dos Deuses. Só que Aru sempre se sentiu deslocada na escola cheia de crianças ricas e mimadas e escolheu se resguardar sob mentiras. E, como mentira tem perna curta, um dia três de seus colegas visitam o museu de surpresa e a pegam na mentira. Para se safar da saia justa, Aru decide então lhes mostrar a lâmpada amaldiçoada. É assim que Aru acabou libertando Sono, um demônio ancestral com sede de destruição. Para evitar o fim do mundo, ela contará com a ajuda de Mini e de suas ligações míticas com o OutroMundo. A saber, elas são reencarnações dos irmãos Pândavas, príncipes guerreiros semideuses. Sim, há semideuses na Índia também, ainda que as relações de parentesco não sejam da forma como estamos acostumados (isto é, com deuses tentando levar vidas normais no mundo dos mortais). E, em meio ao desenrolar dessa trama, Chokshi vai nos desvelando as lendas, os seres míticos e toda a riqueza da mitologia hindu. Continuar lendo

Deixe um comentário

Arquivado em Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia, V&R Editoras

O Labirinto de Fogo (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do terceiro livro da série As Provações de Apolo (The Trials of Apollo). Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos demais livros, confira os links no final desta resenha.

O Labirinto de Fogo é o terceiro livro da série As Provações de Apolo, que traz as aventuras e desventuras do adolescente Lester, na verdade o deus Apolo que foi expulso do Monte Olimpo e que agora precisa partir em missões para recuperar seus oráculos das mãos de sanguinários, cruéis e sádicos ex-imperadores romanos. Como já é de praxe nos livros do Riordan, cada livro traz uma missão a ser cumprida nele, mas na série de Apolo, são vários os ajudantes e boa parte deles são velhos conhecidos nossos. Os dois primeiros livros são repletos de humor, piadinhas, poesia e uma vibe que lembra muito os primeiros livros do Riordan. Neste, o humor tão característico é mantido, mas Riordan também nos mostra que é capaz de fazer escolhas difíceis. Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

O Navio dos Mortos (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do último livro da trilogia Magnus Chase e os Deuses de Asgard. Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos outros livros, confira os links no final desta resenha.

 

Com O Navio dos Mortos, as aventuras de Magnus e seus amigos chegam ao fim, pelo menos enquanto protagonistas de suas próprias histórias. Enveredar pela mitologia nórdica com o tio Rick foi uma experiência bastante divertida. O Hotel Valhala e suas peculiaridades, todos os melindres e as loucuras dos deuses e gigantes e a grande diversidade de personagens que Riordan colocou nas páginas dessa história, tornaram a trilogia Magnus Chase e os Deuses de Asgard uma leitura bastante atrativa. Mas, o principal mérito de Riordan é não subestimar seus leitores. Apesar de muitos torcerem o nariz para a forma como ele trabalha a mitologia em suas histórias, não se pode falar que ele deixa de fornecer maiores detalhes da mitologia só porque sua obra é direcionada ao público juvenil. E olha que a mitologia nórdica é cheia de peculiaridades, principalmente relacionadas à Loki, mas ó, você não irá ver Riordan modificar parentescos ou formas, ele sabe que a informação bem trabalhada é bem melhor que a suprimida ou modificada. É assim, que ao longo dos livros lemos sobre Loki e suas constantes mudanças de formas e gêneros que lhe renderam filhos bastante singulares; conhecemos o esperto anão Andvari e os detalhes da criação do sábio Kvásir; e, formos surpreendidos pela variedade de relacionamentos entre deuses e gigantes. Tudo isso em meio a muita referência pop e o tom humorado e um tanto quanto sarcástico que se tornou a marca de Magnus. Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

A Profecia das Sombras (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo livro da série As Provações de Apolo (The Trials of Apollo). Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo do livro anterior. Para saber o que eu achei do primeiro livro, confira os links no final desta resenha.

 

O segundo livro da série As Provações de Apolo já começa em ritmo frenético. No final do livro anterior, após Lester/Apolo e os outros semideuses salvarem o oráculo do Bosque de Dodona, uma profecia carimba de vez o passaporte de Apolo para o mundo das missões perigosas e nenhum reconhecimento (para seu eterno desgosto) dos semideuses. Aqui, já o reencontramos em viagem na companhia de Leo Valdez, Calipso e é claro, no dragão mecânico de Leo, Festus. Na busca pelo oráculo da vez, os garotos vão parar em Indiana e ali Lester descobre que o próximo integrante do Triunvirato é alguém que já teve muita importância para ele no passado e que ele não será o único “fantasma” que terá de enfrentar.

Com Lester atingindo plenamente o status quo de semideus, ao menos no que diz respeito a colocar a vida em risco para fazer um favorzinho a um deus, o deus do sol começa a perceber muitas das injustiças cometidas pelos deuses.

“Alguns metros à frente, um semideus desconhecido estava imóvel no chão. (…). Eu não sabia de que lado ele estava, mas isso não importava. Fosse como fosse, sua morte era uma perda terrível e desnecessária. Eu estava começando a achar que talvez as vidas dos semideuses não eram tão descartáveis quanto nós, deuses, gostávamos de acreditar. ” (Página 293)

Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

Deuses Americanos (Neil Gaiman)

Em 1992 Gaiman foi morar nos Estados Unidos. E como imigrante recém-chegado naquele grande país, ele queria entendê-lo, ainda que a tarefa na maior parte das vezes fosse impossível. E, como escritor, não há melhor forma de tentar conhecer algo do que escrever sobre isso. Apesar disso, a ideia de escrever sobre mitos e colocar os Estados Unidos no centro disso tudo só veio em 1998.

“Eu queria que o livro fosse uma série de coisas. Queria escrever uma história que fosse grandiosa, excêntrica e sinuosa, e escrevi, e ela era. Queria escrever uma história que incluísse todas as partes dos Estados Unidos pelas quais eu estava obcecado e encantado, que costumavam ser os pedaços que nunca apareciam nos filmes e nas séries de tevê. ” (Página 8)

Deuses Americanos realmente é uma história grandiosa (ultrapassa as quinhentas páginas, e os personagens viajam praticamente de costa a costa do país), excêntrica (tanto no humor quanto nos personagens bastante peculiares) e é sinuosa (Shadow e Wednesday viajam por recantos obscuros e atalhos, e sempre que você acha que sabe para onde a história está se encaminhando, lá vem Gaiman com suas reviravoltas retraçando os caminhos). Para escrever essa história que mistura deuses, romance investigativo e uma road trip inusitada, Gaiman colocou os pés na estrada. Todos os lugares que aparecem na história (ou pelo menos a maioria deles) foram visitados por ele. E, ainda que alguns lugares sejam conhecidos (quer sejam dos filmes ou das séries de tevê), foi uma experiência interessante conhecer tantos outros pelo ponto de vista do imigrante.

A edição publicada recentemente pela Editora Intrínseca é considerada como sendo o texto definitivo e a edição favorita de Gaiman. Ela é uma mistura das edições americana e inglesa, com a mistura dos textos pré e pós-edição e do texto impresso. A edição reformulada tem cerca de doze mil palavras a mais do que a edição original de 2001.

A história tem início com Shadow, um homem condenado a seis anos de prisão, mas que após cumprir três está prestes a ganhar a liberdade por bom comportamento. Tudo o que ele queria era retomar sua vida junto à esposa. Mas, dois dias antes da sua soltura Laura morre e de repente Shadow já não tem mais para onde voltar. Ao sair ele conhece o misterioso Wednesday que lhe oferece um serviço. Shadow até reluta no início, mas acaba cedendo aos pedidos de Wednesday. Ambos então partem em uma longa viagem pelos Estados Unidos para angariar aliados para uma guerra iminente entre deuses velhos e novos. Continuar lendo

7 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

O Martelo de Thor (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo livro da trilogia Magnus Chase e os Deuses de Asgard. Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo do livro anterior. Para saber o que eu achei do primeiro livro, confira os links no final desta resenha.

omartelodethor

“Desde que eu renasci, me acostumei a muitas coisas esquisitas. Viajei pelos nove mundos e conheci deuses nórdicos, elfos, anões e um bando de monstros com nomes impronunciáveis. Encontrei uma espada mágica, atualmente pendurada no meu pescoço na forma de um pingente de runa. E até tive uma conversa muito louca com minha prima Annabeth sobre os deuses gregos, que habitavam Nova York e dificultavam a vida dela. Aparentemente, os Estados Unidos estavam infestados de deuses antigos. Era uma verdadeira praga. ” (Página 14)

Acho que já posso admitir que perdi a imparcialidade para falar dos livros do Rick Riordan, pelo menos das suas obras dedicadas ao público jovem. Nem eu mesma imaginava que acabaria sendo sugada para suas narrativas e que iria gostar tanto dessa história de moradias dos desuses estarem espalhadas pelo Estado Unidos. Isso foi justamente o que me fez torcer o nariz para Percy Jackson e o Ladrão de Raios! Mas, aos poucos os personagens foram me cativando e Riordan demonstrando que essa história de dar uma repaginada nos seres mitológicos tinha muito potencial. Começamos com um Acampamento em Long Island (Nova York), fizemos uma parada ocasional em uma Casa no Brooklyn (NY), nos enveredamos por outro Acampamento nas Oakland Hills (São Francisco) e agora somos hóspedes do Hotel Valhala em Boston. E assim como Magnus, já percebemos que ter divindades mesoamericanas ou (insira sua mitologia favorita aqui) zanzando pelos Estados Unidos não seria de todo surpreendente e é algo que Riordan pode nos presentear daqui a pouco. E bem que ele podia mesmo. Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

O Oráculo Oculto (Rick Riordan)

CAPA-O-Oráculo-Oculto

Riordan desta vez foi bonzinho e não nos deixou muito tempo longe dos personagens que aprendemos tanto a gostar. Após a conclusão da série Os Heróis do Olimpo e seu enveredamento pelo mundo dos deuses nórdicos, era de se esperar que Riordan fosse dar uma pausa nos mundos grego e romano. A participação de Annabeth na história do primo Magnus Chase vinha como um alento para mantermos contato, ainda que indiretamente, com os semideuses já tão conhecidos. Mas, pelo visto Riordan não conseguiu ficar muito tempo afastado do Olimpo e de Long Island e o término da batalha contra Gaia forneceu a desculpa que faltava para ele começar uma nova história, desta vez com um toque divino a mais, na verdade, a menos, bem menos…

 “ Inspecionei meu novo corpo. Eu aparentava ser um adolescente caucasiano do sexo masculino, usando tênis, calça jeans e uma camisa polo verde. Muito sem graça. Eu me sentia enjoado, fraco e tão, tão humano.

       Nunca vou entender como vocês, mortais, toleram isso. Vocês passam a vida toda presos em um saco de carne, incapazes de apreciar os prazeres mais simples, como se transformar em um beija-flor ou se dissolver em pura luz.

 E agora, que os céus me ajudem, eu era um de vocês, apenas mais um saco de carne no universo.” (Página 11)

Zeus culpou Apolo pela batalha entre os deuses e Gaia e como punição o expulsou do Olimpo. O deus do sol foi parar na Terra, agora sob a forma de garoto (mortal) de 16 anos. Não é a primeira vez que Apolo passa por tal provação e se tem uma coisa que suas experiências anteriores lhe ensinaram, era que ele estaria destinado a servir um semideus e que ainda sofreria muito até cair nas graças de seu pai novamente. Ele só não contava ficar a serviço de Meg McCaffrey, uma semideusa sem-teto e maltrapilha que se defende com frutas; que o seu mais famoso oráculo (o Oráculo de Delfos) ainda não estivesse funcionando e que caberia a ele (e não a um grupo de semideuses, por mais famosos e competentes que sejam) reavê-lo; e que como apenas mais um saco de carne no universo, entraria na mira de um de seus adversários mais antigos (e ele não está sozinho). Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

A Espada do Verão (Rick Riordan)

CAPA-A-espada-do-verão

“- Você tem dezesseis anos agora, já é um homem. Escapou deles uma vez, na noite em que sua mãe morreu. Eles não vão deixar você escapar de novo. Essa é nossa última chance. Se não me deixar ajudá-lo, você não sobreviverá até o fim do dia. ” (Página 25)

Durante a leitura da série Os Heróis do Olimpo, muito leitores devem ter ficado com a impressão (e a esperança) de que Riordan estava preparando algo envolvendo a mitologia chinesa, mas qual não foi a surpresa quando veio a notícia de que a próxima série de livros focaria na mitologia nórdica. E ela chega com Magnus Chase, e o sobrenome não é coincidência não, Magnus é primo da nossa já querida Annabeth. E ela é claro não é esquecida e até tem suas participações na trama, as quais prometem vir a serem mais frequentes no próximo livro.

A nova série de Riordan traz todos os elementos já tão característicos do autor: a grande quantidade de personagens; uma trama estruturada em torno de uma grande missão (decorrente de uma profecia feita na hora mais imprópria); missões menores que servem de preparação para o embate final; deuses melindrosos, misteriosos e meio doidos; um lugar para reunir os heróis (já conhecíamos alguns acampamentos e uma casa no Brooklyn, agora é a vez de um hotel que é o próprio Valhala); muitas e muitas referências pop e uma boa pitada de humor. Aliás, o tom de hilaridade atinge níveis estratosféricos nessa nova série. Mas, ao mesmo tempo, ele não deixou de explorar temas mais sérios como o bullying e a rejeição familiar devido a deficiência de um dos personagens. A narrativa também lembra muito a utilizada na série do Percy Jackson, com a narrativa em primeira pessoa e apenas sob o ponto de vista de Magnus. Até mesmo os títulos estranhos e engraçados estão de volta. Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

Os Filhos de Anansi (Neil Gaiman)

Os Filhos de Anansi

“As pessoas reagem às histórias. Elas as contam, as histórias se espalham e, conforme são contadas, mudam os contadores. E quem nunca tinha pensado em nada além de fugir dos leões e se aproximar com cautela dos rios para não virar comida de crocodilo agora começa a sonhar em morar em um local diferente. O mundo pode ser o mesmo, mas o cenário mudou. Entende? As pessoas ainda têm a mesma história, em que nascem, fazem coisas e morrem, mas agora a história tem um significado diferente do que tinha antes. ” (Página 237)

Se não me falha a memória este já deve ser o quinto livro do Gaiman que leio (ainda preciso começar a ler suas graphic novels) e não importa seu público alvo, quer seja um romance com aura de contos de fadas, uma aventura infanto-juvenil, ou um romance envolvendo anjos e demônios. Gaiman sempre acerta o tom e é expert em tornar seus leitores cativos. Com Os Filhos de Anansi não foi diferente, a começar pela dedicatória destinada a nós leitores e se embrenhando por uma história de muitas pernas, personagens e eventos aparentemente incongruentes. Gaiman se mostrou um bom tecedor de teias e um exímio contador de histórias.

Se você como eu pegou (ou pretende pegar) Os Filhos de Anansi para ler sem ter muitas informações sobre a obra, pode ficar encucado com o texto de orelha do Fábio Moon na edição da Intrínseca. Nele nós descobrimos que aqui, Gaiman irá retornar ao universo fantástico já explorado em Deuses Americanos e aí é impossível não bater a dúvida. Será que não é imprescindível ler Deuses Americanos antes? Será que se partir direto para a leitura deste livro, posso não compreender a história narrada em Os Filhos de Anansi? Sem ter Deuses Americanos na estante, a solução foi arriscar. E no fim, ainda que seja um universo revisitado, não ter travado conhecimento com ele anteriormente em nada prejudica esta leitura. A única sensação que ficou, foi o desejo de conhecer mais a fundo o resto desse universo criado por Gaiman. Mal posso esperar para ter Deuses Americanos nas mãos. Mas, voltando aos filhos de Anansi… Continuar lendo

2 Comentários

Arquivado em Editora Intrínseca, Editoras Parceiras, Resenhas da Núbia

A Casa de Hades (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do quarto livro da série Os Heróis do Olimpo e pode haver spoilers dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos outros livros veja os links no final desta resenha.

a-casa-de-hades

“Ao vê-los reunidos no Tártaro, Percy se sentiu tão desamparado quanto as almas no Rio Cócito. E daí que era um herói? E daí que realizara feitos corajosos? O mal sempre estava presente; regenerando-se, fervilhando sob a superfície. Percy não passava de um pequeno estorvo para aqueles seres imortais. Eles só precisavam esperar.” Página 373.

A Casa de Hades é o penúltimo livro da série Os Heróis do Olimpo e fazendo jus ao papel que carrega, ele traz toda a carga dramática inerente a uma aventura que está cada vez mais difícil e na qual os níveis de esperança estão cada vez mais baixos. Após os eventos derradeiros do livro anterior, não dava para esperar outra coisa. Os semideuses já sabiam que chegar às Portas da Morte seria uma tarefa hercúlea, mas não contava que a jornada para dois deles fosse ser mais árdua e um tanto quanto impossível, afinal, atravessar o Tártaro e atingir as Portas da Morte pelo outro lado é uma tarefa que extrai até a última gota de esperança de Annabeth e Percy. É desesperador, sombrio e doloroso. Mas, aqui do outro lado as coisas não estão muito melhores. Os ânimos dos outros semideuses estão abalados pela separação dos dois amigos, as forças de Gaia transformam-se em empecilhos cada vez mais maiores, e todos, sem exceção, são obrigados a enfrentar seus monstros no armário e provarem-se como merecedores dessa missão, não para os outros, mas para si mesmos. Continuar lendo

1 comentário

Arquivado em Editora Intrínseca, Lendo aleatoriamente, Resenhas da Núbia