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O Reino do Dragão de Ouro (Isabel Allende)

Atenção, esta resenha trata dos acontecimentos do segundo livro da trilogia As Aventuras da Águia e do Jaguar e pode haver spoilers (evitados ao máximo) sobre fatos do livro anterior. Para saber o que eu achei do primeiro livro, confira os links no final desta resenha.

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Depois da viagem a floresta amazônica acompanhando a avó Kate Cold e após todas as aventuras passadas com sua amiga brasileira Nádia Santos junto ao povo da neblina, Alex Cold descobriu que herdou o espírito aventureiro da avó e mal pode esperar para que a avó seja enviada para algum outro recanto milenar da Terra. Suas aventuras com Nádia, além de terem impedido uma perigosa quadrilha de exterminarem uma das últimas tribos indígenas intocadas, também possibilitaram que uma fundação fosse criada para proteger os índios da Amazônia e em especial o povo da neblina. Ao que parece, as coisas por lá, se não estão devidamente protegidas, pelo menos não estão largadas a própria sorte e aos interesses cobiçosos dos nahab. E uma nova aventura se descortina para Kate e os garotos, dessa vez, saímos do mundo espiritual dos xamãs e adentramos no dos budistas tibetanos.

A revista internacional na qual Kate é colaboradora a enviou para um misterioso e protegido reino situado entre os picos da cordilheira do Himalaia. Mas, não é só a revista que está interessada no pequeno país, infelizmente olhos cobiçosos estão voltados para o país nesse mesmo momento. Tudo por causa de uma antiga lenda, uma lenda que fala sobre uma estátua de um dragão feita de ouro e pedras preciosas que tem propriedades mágicas. Propriedades que um homem está interessado em usar para controlar o mercado financeiro mundial. De repente, um reino que há muito anos está em paz, vê-se alvo de tragédias provocadas por um homem que não se contenta em ser apenas o segundo homem mais rico do mundo. Mas, é claro que os garotos acabam se envolvendo e junto com outros moradores do lugar irão lutar para impedir que esse país seja destruído e que a paz volte a reinar. Continuar lendo

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O Filho de Netuno (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo livro da série Os Heróis do Olimpo e pode haver spoilers sobre os fatos do primeiro livro. Para saber o que eu achei do primeiro livro, clique aqui.

“Sete meios-sangue responderão ao chamado.
Em tempestade ou fogo, o mundo terá acabado.
Um juramento a manter com um alento final,
E inimigos com armas às Portas da Morte afinal.”

É chegada a hora de completar esse time de semideuses que começou a ser montado em O Herói Perdido, e sim, para os que já estavam com saudades do velho personagem, Percy Jackson está de volta! E se no livro anterior, apesar dos novos campistas e deuses, o foco ainda tenha permanecido na mitologia grega, no segundo volume, Riordan nos apresenta sua contraparte romana. Deuses, semideuses, criaturas mitológicas e um novo acampamento totalmente romanizado. E é no Acampamento Júpiter que encontramos um Percy totalmente desmemoriado (e não, isso não é mera coincidência), e Hera, agora Juno, novamente a pedir ajuda para salvar os deuses do Olimpo e evitar a destruição do mundo.

Os outros integrantes desse time são: Hazel Levesque, uma garota que nasceu com uma maldição e que se meteu em grandes problemas por ter obedecido a mãe, mesmo quando percebeu que a voz que falava com ela não era conhecida. Além do quê, não era para ela estar no Acampamento Júpiter. E Frank Zhang, descendente dos deuses gregos por parte de pai e com uma linhagem muito mais antiga por parte da mãe chinesa, também amaldiçoado, o garoto tem síndrome de inferioridade e é desastrado ao extremo, mas só até descobrir a verdadeira força que tem… Com Frank, Riordan inicia uma conversa com os deuses asiáticos. Confesso que seria bem interessante ter uma série com essa temática.

Com o despertar de Gaia e a libertação de seu exército na Terra, a vida dos deuses e semideuses está cada vez mais difícil, ainda mais depois da captura de Tânatos (o responsável por manter os mortos em seu lugar), já que agora matar monstros além de uma árdua tarefa está se tornando quase impossível com a Morte perdendo seu poder. Em meio a gigantes, górgonas, gegenes, amazonas, basiliscos e até o cavalo mais veloz do mundo (cujos diálogos com Percy renderam alguns bons momentos de humor, ainda que a dose tenha sido além da conta), os três semideuses partem para uma missão quase suicida. E um aviso: sentir-se confuso em relação aos deuses e suas características romanas e gregas é normal viu, os próprios deuses se confundem. Continuar lendo

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Academia de Princesas (Shannon Hale)

No vilarejo do monte Eskel, no reino de Danland, todos trabalham na pedreira, todos menos Miri, uma garota de 14 anos, considerada pequena e fraquinha para o trabalho. Tudo o que a garota mais queria era poder trabalhar na pedreira e parar de se sentir uma inútil…

“Dizia-se pela aldeia que algo considerado inútil era “mais fraco que o braço de um homem da planície”. Quando ouvia esse ditado, Miri tinha vontade de cavar um buraco na rocha e se esconder lá nas profundezas”.

Eskel sempre foi um lugar isolado do reino, e o único interesse do povo da planície neles, era pelas pedras de cantaria tão importantes nas construções. Mas, inesperadamente as atenções se voltam para lá, pois foi decidido pelos padres do reino que a futura noiva do príncipe virá de Eskel. É assim que todas as jovens da aldeia com idade compatível ao príncipe se veem de repente obrigadas a se separar de seus familiares e a se prepararem para a escolha do príncipe em uma academia. E Miri, que a princípio é tão arredia a essa ideia vê todo um mundo se descortinar para ela e percebe que tem nas mãos a chance de mostrar seu valor. Em meio a castigos, lições, amizades e a descoberta do mundo das palavras, as meninas mudam seu destino e tornam-se protagonistas de mudanças em seu vilarejo.

Academia de Princesas é mais do que um simples romance de conto de fadas, da história de um príncipe e de uma princesa… a história traz ação, aventura, política, família e amor por suas raízes. Os personagens são fortes e simples e por isso mesmo, muito mais reais. A leitura é leve e pode até parecer bobinha a primeira vista, mas Hale consegue trazer uma bela história sobre coragem e força para mudar seu futuro. Adorei conhecer o povo de Eskel, Miri e as outras garotas da terra das pedras de cantaria.

E procurando mais informações sobre a autora para escrever essa resenha, descobri que sete anos depois da publicação de Academia de Princesa, Shannon escreveu uma continuação que foi publicada em 21 de agosto, Princess Academy – Palace of Stone. Vocês podem dar uma espiada no primeiro capítulo aqui. Espero que a Galera Record não demore a publicar o livro por aqui.

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A Lenda dos Guardiões – O Resgate (Kathryn Lasky)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do terceiro livro da série A Lenda dos Guardiões e pode haver spoilers (evitados sempre que possível) sobre fatos dos outros livros. Para saber o que eu achei dos primeiros livros da série clique nos links no final desta resenha.

Se nos dois livros anteriores Lasky patinou em alguns momentos ao dar atenção demais à fatos corriqueiros, no terceiro volume da saga Ga’Hoole ela finalmente atinge o tom épico que faz o leitor Desejar (sim, com letra maiúscula) acompanhar a série. Pela primeira vez não fiquei com a impressão de que algo foi colocado na história apenas para “encher linguiça”, pelo contrário, as ações são bem concatenadas e garantem mais suspense e aventura para a trama.

Desde o misterioso acontecimento das inúmeras corujinhas órfãs encontradas pelos Guardiões, Ezylpro, o novo mestre de Soren, está desaparecido. E Soren não está disposto a ficar de asas cruzadas esperando pela volta do mentor. Com Ezylpro ganhando mais espaço na trama, além de novos personagens, temos o vislumbre dos Reinos do Norte e a descoberta de segredos envolvendo o professor. É assim que Soren descobre que tem mais em comum com o mentor do que imagina. Perguntando ali e ouvindo acolá ele acaba sabendo sobre uma terrível coruja chamada Bico de Metal, conhecida assim porque usa um bico e uma máscara de metal. Essa coruja parece estar relacionada ao aparecimento das corujinhas órfãs e pode estar envolvida com o desaparecimento de Ezylpro. E é claro que Soren e seus amigos partem em mais uma aventura, desta vez para resgatar o velho mestre. Continuar lendo

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A Lenda dos Guardiões – A Jornada (Kathryn Lasky)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo livro da série A Lenda dos Guardiões e pode haver spoilers (cuidadosamente evitados) sobre os fatos do primeiro livro. Para saber o que eu achei do primeiro livro, clique aqui.

“Eles voavam para o Mar de Hoolemere. No meio desse mar, existia uma ilha onde havia uma árvore chamada Grande Árvore Ga’Hoole. Lá vivia uma ordem de corujas. Dizia-se que essas corujas levantavam voo todas as noites para realizar feitos nobres. O universo das corujas precisava desesperadamente desses feitos, pois seus reinos estavam prestes a serem destruídos por um mal terrível.”

O segundo livro da Saga Ga’Hoole, traz as aventuras e desventuras de Soren, Gylfie, Crepúsculo, Digger e a Sra. P na busca pela mítica ilha, que no fim das contas não é tão mítica assim. Com a chegada dessas corujinhas do lar dos guardiões, novos personagens nos são apresentados. Alguns nos cativam de cara, outros testam nossa paciência antes de provarem serem merecedores de nossa admiração. Eis a coruja Otulissa que não me deixa mentir, tenho certeza que se a Hermione (sim, a de Harry Potter) tivesse uma coruja esta seria a Otulissa e a máxima o animal imita o dono seria confirmada. Mas, não é só de personagens novos que A Jornada se sustenta. O reino das corujas sofre outras ameaças além daquelas infligidas pelas corujas de S. Aegolius, algo pior e que parece envolver as corujas Tytos, espécie a qual pertence Soren. E é claro que essas corujinhas aventureiras farão de tudo para descobrir mais sobre essa ameaça… Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #41

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

Cliff McNish

Cliff McNish nasceu em 24 de agosto de 1962 em Sunderland, Reino Unido. É autor de romances fantásticos dirigidos para o público infanto-juvenil e a característica principal de suas obras é o uso intensivo de imagens bizarras. As descrições de alguns personagens é tão surreal que chega a tornar a tarefa imaginativa um pouco cansativa.

McNish não tinha ambição de se tornar escritor. Sem ideias melhores de qual carreira seguir, acabou optando por estudar História na Universidade de York, curso este que abandonou após dois anos. Ele começou a escrever a pedido da filha Rachel que queria uma história de uma bruxa realmente desagradável. Foi assim que The Doomspell Trilogy (A Trilogia da Magia no Brasil) tomou forma e se tornou sucesso, já tendo sido publicada em 24 idiomas.

O autor adora trocar mensagens com seus leitores e os convida a deixar uma mensagem  ou deixar um comentário no livro de visitas  do seu site. Continuar lendo

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Caçada – P. C. Cast e Kristin Cast

Atenção! Este post trata do quinto livro da série House of Night, de P. C. Cast e Kirstin Cast, e pode conter spoiler do enredo dos livros anteriores – embora nos esforcemos para evitá-los. Clique no nome dos livros para ler suas resenhas: Marcada e Traída (resenha dupla), Escolhida e Indomada.

O quinto livro da série House of Night retoma a história de Zoey Redbird contra os inimigos da Morada da Noite, uma escola especial para os vampiros recém marcados aprenderem a lidar com sua nova condição de novatos ao mundo da noite. Desta vez, Zoey e seus amigos tocados por Nyx, a deusa dos vampiros, vão ter que enfrentar o perigo na forma de Kaloma, um deus antigo que foi libertado da terra.

Neste livro, Zoey parece bem mais madura do que nos livros anteriores. Ela está começando a pesar as decisões que toma, embora raramente deixe de fazer o que sente estar correto. Além disso, mais pessoas começam a enxergar que ela é uma pessoa que se deve seguir, então ela se torna responsável por mais pessoas, o que só a torna mais sábia, embora ainda seja uma adolescente de 17 anos que fica nervosa a cada reviravolta do livro.

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Um Autor de Quinta #37

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta  da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

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Amanhã Você Vai Entender (Rebecca Stead)

“Se eu quisesse apenas saber o que aconteceu naquele dia do inverno passado, seria fácil. Não seria divertido, mas seria fácil. Mas não é isso que diz seu bilhete. Ali, pede que eu escreva a história do que aconteceu e tudo o que levou ao acontecimento.”

Miranda e Sal eram amigos desde que se entendiam por gente (alguns dizem que até antes disso), sempre estudaram na mesma escola, voltavam para casa juntos todos os dias e conheciam muito bem o bairro onde moravam em Nova York. Mas isso foi até aquele dia estranho, o dia em que Sal apanhou de um desconhecido na rua e a amizade dos dois começou a ruir. E para piorar a casa de Miranda foi invadida e ela começa a receber estranhos bilhetes que alertam sobre a morte de alguém, alguém próximo e que ela pode ajudar a salvar. Lidando com esse mistério e com o fato de estar sem o seu amigo, Miranda acaba se aproximando de outros jovens de sua escola: Annemarie, Colin e até o estranho Marcus, o responsável pela surra de Sal. Com novos personagens, novos caminhos são traçados, novas aventuras ocorrem e são essas descobertas que acompanhamos juntos com Miranda, sua nova amizade com Annemarie e Colin, os papos cabeça com Marcus e a dúvida sobre os bilhetes ali, sempre rondando e garantindo o mistério, o que te faz ler o livro rapidamente, só para sanar a curiosidade. Continuar lendo

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O Grande Labirinto (Fernando Savater)

Algo muito estranho e terrível está acontecendo no estádio e colocando em risco a vida de muitas pessoas da cidade. Os pais de Fisco, o tio de Jaiko e os pais de Sara e Arno estão lá, a um passo de serem tragados para a morte. Para salvá-los as crianças precisam encontrar oito letras. Como? Aonde? Quais letras? É com esse “pequeno problema” que O Grande Labirinto nos é apresentado. A narrativa já começa a todo vapor e a adrenalina corre a mil… E o que uma livraria com ares góticos tem a ver com a história? Que segredos D. Pantaleão, o livreiro, esconde? Será que ali, entre os livros, as crianças encontrarão respostas?

É esse o pano de fundo para as muitas aventuras que as quatro crianças empreenderão. As respostas não estão na leitura dos livros, mas dentro deles e dos fatos históricos que de uma forma ou de outra estão relacionados com a sociedade humana. Como assim dentro dos livros? Quando digo dentro é dentro mesmo, nossos heróis literalmente se encontram com outros heróis da literatura e o fazem porque o “segredo” de D. Pantaleão é o pequeno cubículo denominado por este de “O Labirinto das Sereias”, e este pequeno cubículo é a porta de entrada para essas aventuras. E que aventuras! Continuar lendo

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