“…. Estou sempre procurando algo, mas não sei bem o quê. A maioria das pessoas imagina o espaço como um imenso vazio. Eu o vejo como ele é: um lugar repleto de descobertas para serem feitas. ” (Página 27)
Em Astronauta – Singularidade, Danilo Beyruth dá continuação à história apresentada em Magnetar. No primeiro volume Beyruth utilizou um episódio de “naufrágio” no espaço para enfocar a solidão tão característica do personagem, e rememorar os eventos da sua infância e as escolhas que o Astronauta teve de fazer por causa de sua carreira. Agora, em Singularidade, reencontramos o Astronauta passando por avaliações psicológicas que irão determinar se ele poderá continuar em seu posto. E é claro, há uma nova missão: investigar um buraco negro, mas não sozinho! Ele irá acompanhado da doutora responsável por sua avaliação e um tripulante do país responsável pelo seu resgate na malfadada missão anterior.
Se em Magnetar, Beyruth relembrou a infância e a ausência constante do Astronauta que acabou por afastá-lo da família e do amor da sua vida. Aqui, Beyruth relembra como o personagem se tornou um astronauta da BRASA e suas primeiras aventuras espaciais, como por exemplo, o fato dele ser o único que consegue pilotar sua nave, que possui tecnologia alienígena. A exploração desse background é complementada pelos extras que trazem algumas tirinhas dos jornais e dos gibis das histórias que narram sobre o ingresso do personagem na carreira espacial. Para quem não conhecia nada sobre o assunto, esse foi um ponto bastante positivo dessa nova história. Beyruth aprofundou nosso conhecimento acerca do personagem e nos aproximou dos Astronauta preparando-nos para continuar acompanhando novas aventuras.
A história de Singularidade é mais heroica que a de Magnetar, afinal, o Astronauta salva o planeta Terra de uma ameaça muito séria. Mas, a trama ficou bastante corrida e Beyruth acabou não conseguindo atingir a profundidade e a carga dramática tão pungentes em Magnetar. Muitos elementos novos foram adicionados (interesses amorosos, vilões megalomaníacos…) mas não foram trabalhados em todo o seu potencial, o que acabou decepcionando um pouco. A impressão que tive é que algumas páginas a mais poderiam ter sido muito benéficas para a trama, e talvez tivessem me feito gostar de Singularidade tanto quanto de Magnetar. Por enquanto, faço votos de que o Astronauta retorne com novas missões, de preferência solitárias e introspectivas.
Títulos já lançados pelo selo:
1° Ciclo:
- Astronauta – Magnetar (Danilo Beyruth) [Resenha]
- Turma da Mônica – Laços (Vitor Cafaggi & Lu Cafaggi) [Resenha]
- Chico Bento – Pavor Espaciar (Gustavo Duarte)
- Piteco – Ingá (Shiko) [Resenha]
2° Ciclo:
- Bidu – Caminhos (Eduardo Damasceno & Luís Felipe Garrocho) [Resenha]
- Astronauta – Singularidade (Danilo Beyruth)
- Penadinho – Vida (Paulo Crumbim & Cristina Eiko)
- Turma da Mônica – Lições (Vitor Cafaggi & Lu Cafaggi)
- Turma da Mata – Muralha (Artur Fujita, Roger Cruz e Davi Calil)
- Louco – Fuga (Rogério Coelho)
Títulos anunciados:
- Papa-capim (Marcela Godoy e Renato Guedes)
- Mônica (Bianca Pinheiro)
- Astronauta 3 (Danilo Beyruth)
- Bidu 2 (Eduardo Damasceno & Luís Felipe Garrocho)
Citação bem instigante. 👏 Parabéns pelo post.
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