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A Marca de Atena (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do terceiro livro da série Os Heróis do Olimpo e pode haver spoilers dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos outros livros veja os links no final desta resenha.

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A profecia fornecida por Rachel no último livro da primeira saga do Percy Jackson guiou todas as ações dos semideuses nos dois primeiros livros desta série. Desde o início eles eram sete, mas estavam divididos entre as contrapartes gregas e romanas, vivendo aventuras que de certa forma eram apenas o aperitivo, a preparação para tudo que teriam que enfrentar depois, todos juntos. Em A Marca de Atena, o programa de intercâmbio planejado por Hera/Juno atinge um novo nível, é chegada a hora de reunir velhos conhecidos e estabelecer novas alianças. Os sete semideuses aos quais a profecia faz referência finalmente estão juntos e prontos para cumprirem seus destinos. Mas, antes da aventura final é preciso fazer um pequeno desvio. Porque uma antiga profecia vem à tona e os semideuses percebem que solucionar essa profecia pode ser o caminho necessário para conseguirem levar a cabo sua missão. E fazendo jus ao título do livro e à personagem principal dessa profecia, era de se esperar que Annabeth ganhasse um maior destaque, para alegria daqueles que sempre tiveram a filha de Atena entre o rol dos seus personagens favoritos. Continuar lendo

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O Filho de Sobek (Rick Riordan)

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“Conversar com Percy estava me dando uma séria dor de cabeça.
(…)
Nós quase falávamos a mesma língua – magia, monstros, etc. Mas seu vocabulário estava todo errado.”

Na trilogia As Crônicas dos Kane, Riordan inaugurou uma atividade muito legal, ele utilizou easter eggs e fez algumas de suas obras “conversarem”, mais especificamente, nos livros dos deuses egípcios os deuses gregos começaram a fazer pequenas aparições. Long Island vivia sendo lembrada pela pessoal do Broklyn como sendo local de focos de magia inexplicáveis e desde a última aventura de Carter e Sadie eu mal podia esperar para ver o Egito fazer uma visita à Grécia. E não é que o tio Rick não perdeu tempo. Publicado originalmente em 2012 e traduzido e publicado em edição digital pela Intrínseca este ano, O Filho de Sobek é um pequeno conto que reúne em uma mesma aventura Carter Kane e seu personagem mais famoso Percy Jackson. Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #86

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

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John Green

John Michael Green nasceu no dia 24 de agosto de 1977 em Indianápolis, Indiana. Ele passou boa parte da infância em Orlando, Flórida e também morou em Birmingham (Alabama), Nova Iorque e Chicago. Atualmente, ele mora com a esposa, Sarah, e seus filhos, Henry e Alice, em Indianápolis.

Green é bacharel em Inglês (com ênfase nas obras de Mark Twain) e Estudos Religiosos (principalmente islamismo) pelo Kenyon College. Depois de concluída a faculdade, Green passou cinco meses trabalhando como aprendiz de capelão em um hospital infantil. Ele tinha a intenção de se tornar um ministro episcopal, chegou até mesmo a se matricular na Divinity School da Universidade de Chicago, mas não chegou a assistir às aulas. Suas experiências em trabalhar em um hospital infantil com crianças enfrentando doenças fatais, mais tarde serviriam de inspiração para a história de A Culpa é das Estrelas.

Durante a época em que morou em Chicago, Green trabalhou como resenhista literário para a revista Booklist. Foi durante esse período que ele escreveu seu primeiro romance, Looking for Alaska (Quem é você, Alasca?). O livro foi publicado pela Dutton Children’s Book em 2005 e Green ganhou o Prêmio Michael L. Printz da American Library Association pelo “melhor livro do ano para adolescentes”. Continuar lendo

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Extraordinário (R.J. Palacio)

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August Pullman, ou simplesmente Auggie, nasceu com uma síndrome genética que provocou uma deformidade facial severa. Uma condição acompanhada de visitas a médicos e cirurgias que durante muito tempo lhe impediram de frequentar uma escola como as outras crianças de sua idade. Mas, agora isso irá mudar, os pais de Auggie acham que é chegado o momento dele começar a ter outras experiências e é assim que agora o garoto se prepara para cursar o 5° ano em uma escola. Além do medo do desconhecido, novas dificuldades esperam Auggie, afinal ele terá que provar a todos que a despeito de sua aparência ele é um garoto que merece ser tratado igual aos outros. Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #74

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta  da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

 rebecca james

Rebecca James

Rebecca nasceu em 1970 em Sydney, Austrália, mas passou a infância em vários lugares do país incluindo Bourke, Wellington e Bathurst. Antes de se dedicar a carreira literária, Rebecca trabalhou como garçonete, bartender, professora de inglês na Indonésia e no Japão e telefonista para uma empresa de táxis (minicabs) em Londres. Além disso, ela passou grande parte de seu tempo cuidando dos filhos e ajudando o marido a gerir seu negócio de designer de cozinhas. Durante muito tempo acalentou escrever e histórias e publicá-las, mas durante anos teve seus manuscritos recusados, até que um agente em Londres leu o manuscrito de Beautiful Malice e achou que ele tinha futuro. A obra fez sucesso na Feira do Livro de Frankfurt com direitos vendidos para mais de 35 países colocando a autora na mira da mídia.  Atualmente ela vive em Canberra, com o marido e os quatro filhos. Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #73

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

Elizabeth Eulberg

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Elizabeth nasceu e cresceu em Portage, Wisconsin e é a mais nova de quatro filhos. Sua mãe é bibliotecária e sempre incentivou a leitura dos filhos, e segundo Elizabeth era bastante flexível no que os filhos estavam lendo, sem exigir livros mais “literários” ficava contente em apenas saber que os filhos eram frequentadores assíduos de bibliotecas. A música sempre teve um papel fundamental na vida Elizabeth, durante o ensino médio ela vivia para a música, fosse nas aulas de piano, tocando nas bandas de torcida, de jazz ou simplesmente ouvindo música. Nessa época ela aspirava seguir carreira na indústria da música, mas acabou optando pela carreira de relações públicas e foi para a faculdade de Comunicações Públicas da Universidade de Siracusa. Após a formatura conseguiu trabalho em uma pequena empresa de relações públicas de entretenimento, mas sentindo-se infeliz em seu trabalho acabou optando por um trabalho de publicidade quando teve a chance.

Elizabeth trabalhou no mercado editorial por mãos de dez anos, mas nunca se imaginou seguindo a carreira de escritora. Mas, de tanto lhe falarem que ela deveria escrever já que vivia a inventar histórias, ela decidiu experimentar. O momento eureca que a inspirou para escrever The Lonely Heats Club veio em uma conversa com uma amiga da época, segundo ela, essa amiga era daquelas garotas que sempre tinham que ter um namorado, não conseguia sobreviver sem um e mudava de atitude para agradá-los. Aquele era um dos raros momentos no qual estava solteira e cercada por caras e antes de cair em um momento de autopiedade por estar solteira e sem ninguém de olho nela, Elizabeth pensou no quanto aquilo era ridículo, em quantos amigos ela tinha e como seria muito bom reunir a galera e sair todo sábado à noite… Daí o insight. Porque não escrever sobre um grupo de meninas solteiras e felizes que formam um clube? A inspiração para o nome do clube e para as personagens partiu de sua grande paixão pelos Beatles e assim surgiu o Lonely Hearts Club (LHC) e as quatro meninas Paula, Jonatha, Georgina e Rita, porque Ringa simplesmente não rolava (ainda que eu ache Jonatha bem estranho também) então ela teve que apelar para a personagem da música Lovely Rita. E tomando outra música deles surgiu a protagonista: Penny Lane Bloom. LHC começou a ser escrito em 2004, mas o trabalho como publicitária acabou impedindo que Elizabeth se dedicasse mais a história.  Entre 2005 e 2007 cerca de sete versões da história foram escritas antes do livro ser enviado às editoras. Em 2009 The Lonely Hearts Club foi publicado e a partir de 2011 ela decidiu se dedicar integralmente à carreira de escritora. Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #67

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

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Chris Cleave

Chris nasceu em Londres em 1973, mas passou a infância em Camarões e depois no condado de Buckinghamshire no Reino Unido. Chris é formado em Psicologia pelo Balliol College de Oxford.

Seu primeiro romance publicado foi Incendiary (Incendiário) em 2005. A história logo foi traduzida e publicada em mais de vinte países, ganhou alguns prêmios literários em 2006 e rendeu uma adaptação cinematográfica. Seu segundo e talvez o mais conhecido livro, The Other Hand (Little Bee – Pequena Abelha) foi publicado em 2008 e foi um sucesso de críticas e vendas.

Além de escritor, Cleave também é colunista do jornal londrino The Guardian. Continuar lendo

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Bela Maldade (Rebecca James)

bela maldade

Após uma tragédia, que marcou sua família profundamente, Katherine Patterson decide se mudar para uma nova cidade e iniciar uma nova vida, aproveitando o anonimato recém-adquirido. Tudo o que ela mais quer é passar despercebida em seu novo colégio e que ninguém desenterre o que aconteceu em Melbourne. Mas, seus planos estão destinados ao fracasso, porque Katherine chamou a atenção de Alice Parrie e logo as duas começam uma intensa amizade. Uma amizade que fornece a Katherine um alento pós-crise e à Alice toda a atenção que ela necessita, além de vir com um bônus, Robbie, apaixonado por Alice, que vem para completar o trio que a partir de então passa a ser inseparável. Inseparável até que em sua ânsia por ser o centro das atenções, Alice não se preocupa em ferir as pessoas, e Katherine ao perceber esse lado sombrio na amiga percebe que ela talvez não seja o tipo de pessoa para manter em sua vida. Mas, ai de quem ousar deixar Alice de lado.

Os personagens de Bela Maldade são bem coerentes e alguns cativantes. Se a protagonista Katherine não inspira lá muito amor com a sua estratégia de esconder seus sentimentos e se contentar em ser o capacho de Alice. O mesmo não se pode dizer de Philippa e Mick que nos pegam de jeito desde a primeira vez que aparecem. Quanto à antagonista, tenho lá meus receios. Alice, nas palavras de Katherine, além de bela é sociável e, apesar, do lado perverso sabe fazer uma pessoa se sentir querida e indispensável. Com a parte do perverso e da bajulação até concordo, mas ora bolas, uma pessoa para ser sociável teria no mínimo que ter um grupo de amigos (ou puxa-sacos, ou qualquer coisa que o valha) considerável. Mas Alice, parece apenas ter Katherine e Robbie em sua vida. A impressão que fica é que a autora definiu a imagem da personagem, mas esqueceu de trabalhar a narrativa de forma a deixar essa imagem coerente. Alice, mesmo que tivesse mil amigos, ainda poderia ficar ressentida ao ser deixada para trás por Katherine e fazer tudo o que fez. Ainda bem que mesmo James tendo pecado nesse lado, soube retratar o potencial destrutivo da personagem muito bem. E como a narrativa gira em torno dessa destruição, a gente acaba relevando essas incoerências na caracterização da personagem. Continuar lendo

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Um Autor de Quinta #61

Coluna inspirada no Uma Estante de Quinta da Mi Muller do Bibliophile. Pretendemos toda quinta-feira trazer informações, curiosidades e algumas dicas de leituras e afins sobre algum(a) autor(a).

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Rebecca Stead

Rebecca nasceu em 16 de janeiro de 1968 em Nova York. Ela é casada com o advogado Sean O’Brien e tem dois filhos. Ela sempre gostou de escrever, desde criança, mas acabou tornando-se uma advogada. Depois de anos trabalhando na defensoria pública, após o nascimento dos filhos, voltou a escrever. Aliás, um de seus filhos foi o grande inspirador para a carreira de autora engrenar de vez. Durante anos, Rebecca juntou ideias para suas histórias (em sua maioria com temas sérios) em seu notebook, aparelho que a criança empurrou da mesa e acabou inutilizado, e as ideias, perdidas. Para aliviar seu humor, Rebecca começou a escrever novamente, uma história alegre para se distrair. Foi assim que seu primeiro romance, First Light, tomou forma e acabou sendo publicado em 2007. Em 2010 ela ganhou a medalha Newbery, por sua contribuição para a literatura infantil, com seu segundo romance When You Reach Me (Amanhã Você Vai Entender no Brasil). Continuar lendo

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A Sombra da Serpente (Rick Riordan)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do terceiro e último livro da série As Crônicas dos Kane e pode haver spoilers sobre fatos dos livros anteriores. Para saber o que eu achei dos outros livros, confira os links no final da resenha.

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No último volume da trilogia Sadie e Carter têm um importante papel e seus poderes serão fundamentais para a restauração do Maat, a ordem do mundo. E com Apófis, a serpente do Caos, liberto essa tarefa torna-se ainda mais difícil, já que agora eles têm que correr contra o tempo para evitar que a serpente destrua o planeta e no meio disso tudo tendo que lidar com magos revoltosos, casas de magia sendo destruídas e deuses ficando cada vez mais enfraquecidos. A única chance dos dois jovens magos é tentar uma magia que pode lhes custar a vida e para isso, vão ter que ir atrás da alma de um mago psicótico no Duat e impedir seu julgamento, além disso, Walt, uma peça necessária para que o plano dê certo, está com seus dias entre os vivos contados.

Bailes de formatura, pinguins, um triângulo amoroso para lá de esquisito, um livro perdido de um deus e lidar com um deus gagá são só partes do que esses irmãos terão que enfrentar para vencer mais esse desafio. Riordan caprichou nesse último volume, que nada deixa a dever a seus antecessores em aventuras, tramoias e surpresas. Como tinha comentado nas resenhas anteriores, a estrutura narrativa utilizada por Riordan apesar de todos os comentários e discussões em off de Sadie e Carter (que aliás foi uma das melhores coisas feitas pelo autor, já que serviu para aproximar o leitor dos personagens e garantir o tom divertido da história), acaba podando um pouco o autor, pois já é determinista. Apesar, de todos os percalços, no fim ambos se deram bem, afinal, as fitas foram gravadas depois de todos os eventos terem acontecido. Mas, após a leitura de A Sombra da Serpente relevei essa minha birra, a história tem tantas surpresas ao longo da narrativa que acaba superando tudo isso. E eu que já tinha sido cativada pelas mitologias grega e romana, rendi-me de vez à mitologia egípcia e aos personagens criados pelo autor. Sadie e Carter não ficam devendo nada perante seu personagem mais famoso (aka Percy) e seus companheiros de aventuras também são bem interessantes: Khufu, Felix, Bes e outros tantos tornam algumas passagens deveras divertidas. A representatividade de vários países em alguns personagens também deve ter agradado alguns leitores ao redor do mundo. É impossível não ficar toda feliz ao ver que a personagem que Riordan escolheu para ter nacionalidade brasileira (a Cleo) é uma fã de livros, responsável pela biblioteca da Casa do Brooklyn e que pode pirar só de pensar em alguém maltratando um livro. Rola uma identificação e um desejo do país cada vez mais fazer jus a essa imagem, com cada vez mais leitores. Continuar lendo

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