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Rebelde – Bernard Cornwell

Rebelde

Quer uma maneira melhor de terminar o excelente ano que foi 2014 do que com a resenha de um livro pelo qual aguardei uns bons 5 anos para ler? Explico: quase todas as séries escritas por Bernard Cornwell já vieram para o Brasil, mas a Editora Record nunca dava notícia de publicar As Crônicas de Starbuck, lançadas originalmente na década de 1990. Bom, finalmente chegou e eu tive o prazer de ler.

Os Estados Unidos estão divididos: os estados do norte e os do sul não concordam com a maneira que o país deve ser governado, e a situação chegou ao ponto em que a guerra é iminente. É nesse cenário que Nathaniel “Nate” Starbuck chega à capital da Virgínia, após abandonar os estudos em Yale para ficar com uma mulher. Nate é salvo da turba por Washington Faulconer, pai de seu melhor amigo – Adam, e é convidado a se juntar ao exército que ele está formando. Continuar lendo

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O Diário Secreto de Lizzie Bennet – Bernie Su e Kate Rorick

“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro com uma grande fortuna deve estar à procura de uma esposa.”

O Diário Secreto de Lizzie Bennet

A frase célebre que abre o romance mais famoso de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, também inicia a versão moderna deste clássico. Só que ao invés de ser uma fala da Sra. Bennet, está impresso em uma camiseta que ela dá a suas filhas. Ao modernizar o clássico inglês, a família Bennet tem duas filhas a menos, com Kitty e Mary virando uma gata e uma prima. Eles também mudaram de cidade, e moram no estado da Califórnia nos EUA, não na Inglaterra. Outras alterações também foram feitas: o par de Jane é Bing Lee (Bingley no original – e devo admitir que ri por uns 5 minutos com essa mudança), Pemberley é a empresa de Darcy (versus o nome da sua propriedade), a Sra. Gardiner é a orientadora da Lizzie, não sua tia, entre outras, todas feitas com o intuito de tornar mais real a modernização. Continuar lendo

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Morte dos Reis – Bernard Cornwell

Morte dos Reis

Quando Uhtred é vítima de uma emboscada momentos antes de ser enviado para negociar a paz entre os reinos cristãos, ele prontamente desconfia de que os líderes dinamarqueses Cnut e Sigurd vão se esforçar para impedir que o acordo seja selado. De fato, antes mesmo que chegue aos salões de Eohric, outra emboscada lhe aguarda. Boatos de uma bruxa profetiza chegam a Uhtred, e ele viaja para conhece-la e saber o que ela está dizendo.
Sete reis morrerão,

Uhtred de Bebbanburg, sete reis e as mulheres que você ama. Este é o seu destino. O filho de Alfredo não governará e Wessex morrerá, o saxão matará o que ele ama e os dinamarqueses ganharão tudo, e tudo mudará e tudo será o mesmo que sempre foi e sempre será.

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Encontrada (Carina Rissi)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do segundo (e último?) livro da série Perdida e pode haver spoilers dos livro anterior. Para saber o que eu achei de Perdida confira os links no final desta resenha.

 encontrada

Quando terminei a leitura de Perdida e fiquei sabendo que iria ter uma continuação, logo fiquei com o pé atrás. A história criada por Carina tinha se encerrado de forma tão coesa, sem deixar pontas soltas, que duvidava de que ainda pudesse haver algo para Carina criar uma nova história. Apesar dos personagens cativantes e de um romance de abalar o século dezenove, tinha medo de que ao prolongar-se demais Carina fizesse a história perder parte de seu brilho. Então, comecei a ler Encontrada com esperanças de que Carina me surpreendesse, mas ao mesmo tempo sabendo que eu poderia me decepcionar. E que ótimo que meus receios não se concretizaram. Carina veio e mostrou que havia sim muito que pudesse ser explorado, que não bastava garantir a volta de Sofia ao século dezenove e colocá-la junto à Ian. Acompanhar a adaptação dessa ávida consumidora de tecnologias, dessa garota com hábitos e pensamentos típicos do século vinte e um ao século dezenove, poderia render histórias que tornariam esse romance atemporal ainda mais mágico. Continuar lendo

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O Trono das Sombras (Jennifer A. Nielsen)

Atenção, esta resenha trata sobre os acontecimentos do último livro da Trilogia do Reino. Por isso, pode conter spoilers, revelando parte do conteúdo dos livros anteriores. Para saber o que eu achei deles, confira os links no final desta resenha.

O-Trono-das-Sombras

“Vilões, intrigas e inimigos são coisas simples para mim. Mas as amizades são complicadas, e o amor é ainda mais difícil. Isso tem me ferido de maneiras que uma espada jamais seria capaz.” Página 144.

Depois de dois primeiros volumes, nos quais Nielsen sempre primou por conclusões repletas de batalhas, revelações surpreendentes e por futuros nada auspiciosos. Era de se esperar que a conclusão da trilogia, iniciada em O Falso Príncipe, tivesse sua conclusão pautada em batalhas (e há muitas) e revelações (algumas surpreendentes, outras nem tanto mas, nem por isso piores), só que dessa vez com a esperança de um futuro mais promissor e feliz para aquele que nos conquistou quando ainda era considerado um zé ninguém nos confins de Carthya e que se redescobriu como rei. E Nielsen não decepciona. Sua narrativa continua explosiva e fluída. Imprimindo um ritmo que clama por uma leitura ininterrupta.

Finalmente a promessa da Guerra pelo domínio de Carthya, que levou Conner a perpetrar seus escusos planos envolvendo três garotos órfãos e a disputa por uma coroa, se concretizou. Sage foi revelado a seus súditos como sendo o verdadeiro príncipe Jaron, tentaram em uma medida desesperada fazê-lo desistir do trono e desacreditá-lo, mas ele deu a volta por cima, e agora, o rei Vargan, de Avenia, dá sua última cartada. Imogen, a garota que o ajudou enquanto Sage e que não se intimidou perante o Jaron, que tentou manter-se distante porque Jaron está prometido a Amarinda, foi sequestrada. E é claro que Jaron não deixará sua amiga, talvez a pessoa por quem tenha os sentimentos mais fortes, pene nas mãos do inimigo. E é assim, com uma missão de resgate e com muitos imprevistos e perdas pelo caminho (What? Nielsen!) que tem início a principal jornada de Jaron para salvar seu reino. Continuar lendo

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Sangue dos Deuses – Conn Iggulden

Atenção! Esta resenha trata do quinto livro da série O Imperador de Conn Iggulden e pode trazer spoilers do enredo dos livros anteriores. Para ler a resenha dos livros anteriores, clique: Os Portões de Roma, A Morte dos Reis, Campo de Espadas e Os Deuses da Guerra.

 

Sangue dos Deuses

Júlio César foi morto. Este deve ser um dos momentos mais conhecidos da história, e sua fala a seu melhor amigo “Até tu, Brutus?” é famosa. O assassinato de um dos maiores líderes de Roma, liderado por seu melhor amigo foi retratado de diversas maneiras diferentes ao longo da história. E agora, Conn Iggulden retoma sua série para contar o que aconteceu aos homens por trás do crime.

“Neste dia, nos Idos de Março, Roma foi libertada de um opressor. Que a notícia voe daqui para todas as nações. César está morto e a República foi restaurada. Que as sombras de nossos pais se regozijem. César está morto e Roma está livre”.

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Os Deuses da Guerra – Conn Iggulden

Atenção! Esta resenha trata do quarto livro da série O Imperador de Conn Iggulden e pode trazer spoilers do enredo dos livros anteriores. Para ler a resenha dos livros anteriores, clique: Os Portões de Roma, A Morte dos Reis e Campo de Espadas

 

Os Deuses da Guerra

A morte de Crasso oficializa o fim do Primeiro Triunvirato, composto por ele, Júlio César e Pompeu. Este declara que Júlio é inimigo de Roma, com medo que o general volte da Gália e tome a cidade. Às margens do rio Rubicão, Júlio e seus companheiros decidem que vão enfrentar o ditador e tirar Roma de sua influência. Quando é informado dos planos de César, Pompeu reúne o Senado e parte para a Grécia, seguido por Júlio que deixa Marco Antônio como cônsul cuidando de Roma.

“Então é melhor correr de volta e dizer que César está vindo. Está a duas, talvez três horas atrás de mim. Está trazendo de volta a República, garoto, e eu não ficaria no caminho dele.”

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A Senhora das Águas – Philippa Gregory

 

A Senhora das Águas

A vida de Jacquetta de Luxemburgo muda quando se casa com John de Lancaster, duque de Bedford, e tio do Rei da Inglaterra. Este é o segundo casamento do duque, que deseja Jacquetta apenas pelos dons que sua família supostamente tem: os descendentes de Melusina, a deusa da água, conseguem ver o futuro nas cartas e nos espelhos. Esse conhecimento é de grande valor para um dos principais defensores dos interesses da Inglaterra. Quando está na hora do Rei se casar, Jacquetta é escolhida para ajudar a nova rainha, que é sua conterrânea, a se acostumar à nova vida. Margarida de Anjou se aproxima rapidamente da personagem principal, e devido a essa amizade, conseguimos ver de perto os eventos que levaram à famosa Guerra das Rosas (ou Guerra dos Primos).

“Começo a perceber que a corte, o país e nós mesmo estamos passando de uma disputa entre primos para uma guerra entre primos.”

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O Maravilhoso Agora (Tim Tharp)

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O Maravilhoso Agora, talvez estivesse predestinado a ser daqueles livros que talvez eu nunca fosse me dar conta dele, que acabaria passando despercebido em meio a tantos livros marcados como desejos de futuras leituras, isso porque tudo o que a sinopse da história de Tim Tharp promete é mais um romance adolescente. O envolvimento romântico entre duas pessoas completamente diferentes: ele, o rei das festas, o amigo da galera; ela, a nerd incompreendida, o desastre social. Histórias com esse mote há aos montes por aí, então não seria algo que me chamaria atenção para esse livro em particular. Provavelmente eu nunca teria conhecido Sutter Kelly se não fosse pela resenha que a Anica publicou em seu blog (o Hellfire Club) quando O Maravilhoso Agora era ainda apenas The Spectacular Now e nem havia previsão de sua publicação cá no Brasil. E eu nem me atrevo a sonhar em escrever uma resenha tão pormenorizada e certeira como a da Anica, e recomendo que aos que tem dúvida quanto à história ou estão indecisos se vale a pena ler ou não, que passem por lá e confiram seu texto.

Mas voltado ao livro. Se não é apenas mais um romance juvenil, então do que trata O Maravilhoso Agora? Traz a história de Sutter Kelly, um garoto que está no último ano do ensino médio, mas que ao contrário de todos os seus colegas que vivem de fazer planos para a vida pós-formatura, ele é extremamente apegado ao presente, de sentir PAVOR do futuro. Além disso, para Sutter a vida é uma constante festa e deve ser celebrada, de preferência com um 7Up e um whisky, em qualquer hora do dia ou noite. Sutter é o garoto carismático, que gosta de todo mundo, se dá bem com todo mundo e para quem não há tempo ruim. Ele é daquelas pessoas que fica feliz com a felicidade dos outros. Como não simpatizar com alguém que transborda tanta empatia? Mas em meio a tanta festa o que fica claro é que a relação do garoto com as bebidas ultrapassa qualquer limite aceitável, ainda que ele se utilize de justificativas tão fortes e mirabolantes para negar o problema com elas. E ele pode até falar que não bebe para esquecer, ou para fugir e que sua vida é maravilhosa, mas ao conhecermos um pouco mais de seu passado e percebermos que lhe falta a perspectiva de um futuro fica difícil acreditar nessa desculpa… Continuar lendo

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Segunda Sombria (Nicci French)

Segunda Sombria

Nicci French é o pseudônimo adotado pelo casal de jornalistas Nicci Gerrard e Sean French, eles que também escrevem separadamente já publicaram mais de 15 romances a quatro mãos. Segunda Sombria (Blue Monday) é o primeiro volume de uma série que já conta com quatro livros publicados e traz como protagonista a psicoterapeuta Frieda Klein e promete uma mistura de romance psicológico, investigativo e procedural com uma pitada noir. Para conferir o tom sombrio da obra, os autores souberam usar com propriedade o espaço e a caracterização dos protagonistas. Toda a narrativa se passa em Londres em pleno inverno e frequentemente boa parte da ação ocorre no período noturno. Frieda Klein é uma antissocial de carteirinha. Apta e boa em ouvir, compreender e ajudar as pessoas a enfrentarem seus medos, ela tem seus próprios esqueletos no armário e mantém o mundo à parte, preza pela organização e luta contra tudo e todos para manter-se assim. O investigador Karlsson não é lá muito melhor, mas conta com um adendo que faz a dupla funcionar: falta-lhe a fleuma que Frieda tem de sobra. O que contribui para bate-bocas impagáveis entre os dois. Continuar lendo

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